RELATO DE LEITURA
ADRIANA APARECIDA RIBEIRO LISBOA SANTOS
Não me lembro dos meus pais contando histórias para mim e meus irmãos. Lembro que meus pais liam jornal, pois eram assinantes do “Estado de São Paulo” e todos os dias entregavam em casa. Não suportava e não suporto ainda o cheiro dele, pois me causa uma crise de espirros, sou alérgica.
Na escola não tive professores com postura de leitores, que lessem para a sala ou formassem roda de leitura, para o tão sonhado desenvolvimento de estratégias de leitura e consequentemente formar leitores autônomos competentes.
Tornei-me leitora pela necessidade, como sou professora de Língua Portuguesa, hoje afastada junto ao Núcleo Pedagógico, pensava que se queria que meus alunos se tornassem leitores tinha que dar o exemplo.
Com a escrita lembro que eu estava na 8ª série e a professora solicitou a escrita de uma redação que valeria nota. Ela deu o início para que nós continuássemos, já vi esse início em uma proposta de produção de texto do SARESP, fiquei com o papel e o lápis na mão sem saber o que fazer. Pensei, pensei, pensei e nada, então vi que tinha que escrever algo, não podia entregar sem escrever nada. Comecei a inventar um monte de coisa, ao entregar pensei “me ferrei”, para minha surpresa tirei a nota máxima.
Hoje quando penso neste fato, percebo que antigamente os professores, pelo menos os que eu tive, não ensinavam a estrutura do texto, a atividade era escrever uma redação. O pior era quando pediam para escrever sempre sobre a mesma coisa “Minhas férias”.
Percebo o quanto é importante o professor ensinar todos estes procedimentos de leitura e escrita, não me canso de falar sobre isto nas orientações técnicas para os professores.

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